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sábado, 19 de setembro de 2009

A mente infantil

A mente infantil

Para criarmos na criança nova, uma nova mentalidade, primeiro não temos que ter em nós mesmos essa nova mente?
A criança não aprende a engatinhar, ela apenas pratica aquilo que já sabe, e isso ninguém a ensinou a fazer. Chama-se a isso de instinto, igual a sua capacidade de saber chorar ao sentir fome ou desconforto físico. Do mesmo modo, ninguém a ensina a ouvir, ou a ter paladar, ou a ser sensível ao tato, ou a ter a capacidade de enxergar. Tudo isso são processos involuntários, que mais tarde, servirão de meios para que ela seja capaz de entender o seu mundo. Assim, a criança não aprende a sentir gosto pelos alimentos, ela aprende, mais tarde, a interpretar intelectualmente o que está comendo. A mesma regra vale para todas as demais situações onde os sentidos se façam presentes.

Através da dedução lógica, o adulto acha que é capaz de imaginar, o que uma criança muito pequena está pensando; mas ele está enganado, pois, sendo ela muito pequena, ainda não pensa. E coloque-se qualquer objeto diante da mesma, e este será alvo de sua infinita curiosidade. O fato de ser naturalmente curiosa diante de qualquer coisa, não significa que possua uma vontade dirigida, voluntária e consciente. Diante de qualquer objeto, motivada por uma curiosidade inata, ela tende a se sentir naturalmente atraída. Trata-se de puro instinto, sua curiosidade, nessa fase da vida, até por uma questão de ligeira adaptação ao mundo onde pretende sobreviver. Mas, isso tende a deixá-la vulnerável a todo tipo de influência externa, seja ela coisa má ou boa. Sua mente ainda está limpa, não possui memórias suficientes, nem uma experiência prática para que seja capaz de elaborar pensamentos lógicos. Um pensamento lógico só pode surgir quando há experiência de qualquer natureza, uma vez que a ordem da lógica é resultado de uma comparação, medição, entre um meio conhecido, que são as memórias, e outra coisa, como um desafio novo, por exemplo. Por instinto, a criança tende a se apegar rapidamente, mecanicamente, a qualquer objeto que lhe dê a sensação imediata de segurança física, pois segurança física é a única coisa de que necessita nesse momento. Ainda não sente medo, pois sua psique não possui memórias, lembranças de eventos vividos que a facultem lembrar de situações desagradáveis, ou atemorizantes. Também não sente necessidade de segurança psicológica, como os adultos, pois seu cérebro ainda não possui dados suficientes para isso. A mãe é um desses objetos, ao qual ela se apega, uma vez que participa do seu bem estar, lhe dando alimento, conforto físico, aliviando seu stress, e tudo isso significa segurança física. Seus primeiros brinquedos tendem a atrair sua atenção, não porque sejam bonitos, ou interessantes do ponto de vista estético, ou engraçados, uma vez que todos esses conceitos são conclusões do intelecto, de uma mente que pensa, coisa que ela ainda não é capaz de, conscientemente, fazer. Mas, para seus sentidos, o toque em objetos é coisa que a conforta, e quanto maior a quantidade de sentidos que ela possa trabalhar, exercitar, ao mesmo tempo com aquele acessório, mais atração e apego sentirá pelo mesmo. Ocorre que involuntariamente, sem que ela pense, seu cérebro primitivo, onde estão gravadas as instruções básicas de sobrevivência, ordenará que seus sentidos sejam testados, a todo instante. Daí sua enorme necessidade de pegar e sentir tudo que está à sua volta, sem preconceitos, sem cuidado algum, sem receios. Usar os sentidos à exaustão, é o preparo base que sua psique precisa nesse momento. É lá onde serão gravadas informações essenciais, tais como, aquilo que é coisa desagradável e coisa agradável. Esse é o ponto de onde sua inteira personalidade será traçada. Daí nascerá o modo de comportar-se daquele indivíduo, a forma como interpretará o mundo e o modo como aparentemente “esse mundo” funciona. Ao apegar-se a um objeto, brinquedo ou qualquer outra coisa, ela começa a desenvolver sua memória lógica, e logo sentirá necessidade de repetir aquela experiência sensorial com o mesmo. A repetição é necessária porque o cérebro precisa disso para ser capaz de gravar uma informação de forma definitiva. Por isso, irá preferir mais uns que outros, e os preferidos serão aqueles que ofereçam mais recursos, isto é, que sejam capazes de exercitar mais de um sentido ao mesmo tempo. Sentir-se-á segura ao depender daquele objeto, pois sua mente já começa a construir um ponto seguro sobre o qual pretende se apoiar. E o objeto se torna seu conhecido, e o fato de repeti-lo muitas vezes, na sua mente, faz iniciar o processo de identificação pessoal com seu mundo. E sua personalidade começa a se formar, e também suas preferências, tudo isso a depender da sensação de conforto, ou prazer, que o objeto lhe proporciona. A partir desse ponto, ela começa a comparar a sensação obtida com aquela experiência, com as demais que terá daí por diante. Pode ser um timbre de voz, uma música, um gesto tátil de carinho, um som desagradável ou agradável, um temor, e assim por diante. Como ela nada conhece desse mundo novo, só é capaz de aprender através da imitação, por isto repetirá dos adultos, seus costumes, manias, medos, alegrias, vícios, tristezas, e tudo o mais. E mais uma vez, precisará repetir cada uma dessas coisas até fixar bem como memória definitiva em seu cérebro. Cria-se assim um novo indivíduo, cresce um novo veículo humano, mas com a mesma antiga mente que os adultos já possuem. Por isso mesmo, nós, como adultos e educadores, conscientes desse fato, podemos criar esse novo indivíduo, com uma nova mente, sem repetir nossos velhos vícios, medos e amarguras. Ou podemos simplesmente, ignorar o fato, e apenas repetir a mesma e antiga mentalidade, com suas deformações e incoerências; repetir o mesmo padrão de violência e insensatez que conhecemos bem, enfim, repetir o mesmo “pensamento” que já criou o atual modelo de mundo onde vivemos.
Autor:Jon Talber

Notas: [1] Jon Talber é psicopedagogo, pesquisador e escritor de temas de auto-ajuda. Estudou por muito tempo filosofia oriental e antropologia.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Frase inspiradora do dia!

E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar...
Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.
Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.
Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.
Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.
Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.
Naquele dia descobri que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de as superar.
Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tivesse sido.
Deixei de me importar com quem ganha ou perde.
Agora me importa simplesmente saber melhor o que fazer.Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim deixar de subir.
Aprendi que o melhor triunfo é poder chamar alguém de"amigo".
Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamoramento, "o amor é uma filosofia de vida".
Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser uma tênue luz no presente.
Aprendi que de nada serve ser luz se não iluminar o caminho dos demais.
Naquele dia, decidi trocar tantas coisas...
Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para tornar-se realidade.
E desde aquele dia já não durmo para descansar... simplesmente durmo para sonhar.
Walt Disney

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Artigo sobre a observação e o registro nas salas de Eja

Escrevi este artigo na pós. O tema é interessante! A Observação e o registro do professor nas salas de EJa.
A OBSERVAÇÃO E O REGISTRO COMO INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS : UMA PONTE PARA O APRENDIZADO
Este artigo tem como objetivo, levar os leitores a uma reflexão acerca da observação e do registro como instrumentos de avaliação para a Educação de Jovens e Adultos. Esses instrumentos abordam uma nova perspectiva ao professor, para o conhecimento de si mesmo e quanto o conhecimento de seus alunos: traz a oportunidade de revisar as suas práticas, de analisar o seu planejamento, de verificar as dificuldades de seus alunos e de dar uma atenção individualizada, através das anotações que faz.
Uma sombra, uma árvore grande, com folhas verdes e muitas frutas em seus galhos. Um céu limpo, sem nuvens e muitos passarinhos cantando. Uma menina observa esta linda paisagem da natureza.
Mas será que é isso mesmo que ela observa ou essa paisagem está apenas em sua imaginação, “dentro de seus olhos”? Ou será que ela se deixou levar pelo que veria, por suas expectativas? A sua cultura, o lugar onde mora e seus conhecimentos prévios importam neste momento? Será que outra pessoa, de outro país, de outra cultura, enxergaria esta mesma cena, desta mesma forma?
Acredito que para observarmos não são necessárias as imagens do que nossos olhos conseguem ver, mas também, precisamos nos atentar para os nossos conhecimentos prévios, da nossa cultura, dos conhecimentos, das expectativas.
Mas, fomos preparados para observar? Será que a nossa capacidade de observação foi desenvolvida? Madalena Freire aborda:
“Não fomos educados para olhar pensando o mundo, a realidade, nós mesmos. Nosso olhar cristalizado nos estereótipos produziu em nós paralisia, fatalismo, cegueira.
Para romper esse modelo, a observação é a ferramenta básica neste aprendizado da construção do olhar sensível e pensante.
Olhar que envolve atenção e presença. Atenção que envolve sintonia consigo mesmo e com o grupo. Concentração do olhar que inclui escuta de silêncios e ruídos na comunicação.


O ver e o escutar fazem parte do processo da construção desse olhar. Em geral, não ouvimos o que o outro fala; mas sim o que gostaríamos de ouvir.
O mesmo acontece em relação ao nosso olhar estereotipado, querendo ver só o que nos agrada, o que sabemos, também reproduzindo um olhar de monólogo.
Ver e ouvir demandam implicação, entrega ao outro. A ação de olhar e escutar é um sair de si para ver o outro e a realidade segundo seus próprios pontos de vista, segundo sua história.
Neste sentido a ação de olhar é um ato de estudar a si próprio, a realidade, o grupo à luz da teoria que nos inspira.
Este aprendizado de olhar estudioso, curioso, questionador envolve ações do pensar: o classificar, o selecionar, o ordenar, o comparar, o resumir, para assim poder interpretar os significados lidos. Neste sentido o olhar e a escuta envolvem uma ação altamente movimentada, reflexiva, estudiosa.”


O olhar e o escutar têm funções bem definidas e, servem para conhecer quem são os alunos e a relação deles com a realidade da qual fazem parte; e conhecer para avaliar e planejar as ações educativas que irão acontecer.
De uma maneira objetiva, o professor observa tudo que considera importante para iluminar a sua prática, tudo que chama sua atenção, que faz pensar e querer saber mais. A observação que está sendo alvo da nossa atenção vai além desse ver espontâneo: quer saber mais para interferir melhor.
Segundo os Cadernos volumes 3 e 4 da SECAD - Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade da coleção “Trabalhando com a Educação de Jovens e Adultos”:
Como ferramenta básica do seu fazer, a observação está presente nas diferentes atividades de um(a) professor(a):
_ na busca de compreender cada vez melhor seus alunos. Neste sentido a observação busca saber como trabalham na sala de aula, quais seus interesses, suas dificuldades e facilidades, sua forma de relacionar com os colegas, com o(a) professor(a) e suas características pessoais: timidez, tranqüilidade, agitação, concentração, habilidades, sua forma de pensar.
_ na avaliação do que sabem os alunos. A observação contribui para a análise das hipóteses que quer provar, no que parece incompreensível, no que é só intuição.
_ no acompanhamento do planejamento. Ao acompanhar o desenvolvimento das ações planejadas, o(a) professor(a) avalia sua própria ação, notando os aspectos onde planejou de acordo com a realidade de sua classe e nos momentos onde se afastou dela.
_ no registro do(a) professor(a). A observação cumpre um papel relevante ao contribuir para a percepção da realidade - objeto do registro do(a) professor(a). Ela faz notar o que não aparece com evidência e que exige saber ver, ouvir e interpretar.
Nessa perspectiva, o processo de ensino é um desafio para o professor, e também transpassa o modelo de avaliação antiga, quantitativa, valorizando o aluno como ser social e histórico. O educador deverá estar atento à investigação das questões que merecem maior investimento pedagógico e, conseqüentemente, alteração nos encaminhamentos didáticos.
Nesse sentido, Dalben diz:
Este novo conceito de avaliação defende uma nova concepção de trabalho pedagógico, alterando a perspectiva transmissiva de processo de ensino. Proclama uma interação permanente: professor x aluno x conhecimento e, neste contexto, o sentido da avaliação direciona-se para um processo de investigação contínua e dinâmica da relação pedagógica como um todo (1999, p.78).

Esta observação como avaliação, vai de encontro com outra prática que é de suma importância para a qualidade do ensino nos dias de hoje: o registro. Esses dois meios de avaliação devem seguir juntos pois, um depende do outro e se complementam.
A humanidade vive, desde os primórdios, em meio aos registros. Eles fazem parte do nosso dia-a-dia e podem reconstruir a história de nossos antepassados e da atualidade.
Para o registro ser eficaz, é necessário agrupá-lo aos pensamentos e à escrita, ampliando assim, o domínio da linguagem escrita e dinamizar o potencial de criatividade próprio de cada um. Registrar como uma prática pedagógica requer detalhar o processo de construção do conhecimento, anotar ideias – toda e qualquer documentação permite a reflexão e o acompanhamento das descobertas que ocorrem dentro e fora da sala de aula. O professor poderá registrar as suas reflexões e revisar a sua didática, as suas aulas, o seu planejamento e assim, terá um material, uma maneira forma concreta de se auto-avaliar, tendo algumas ideias aprofundadas e outras corrigidas.

O texto escrito possui a inferência de quem escreve e por isso, escrever não é uma tarefa fácil e exige paciência, dedicação e trabalho. Para tanto, é necessária uma tomada de consciência e de disciplina. Os escritos não ocorrerão de um dia para o outro e esta habilidade não será implantada se não houver uma dedicação. É preciso organizar os pensamentos para que o texto ou as frases fluam, de modo a serem passadas para o papel.
Quando organizado, o registro torna-se referência para quem está envolvido no processo educativo: alunos, professores, funcionários e pais. O registro passará a ser uma atividade contínua, progressiva, sistemática, flexível, orientador da atividade educativa e personalizada.
O registro tem como função principal surpreender nossa consciência consciente e abrir frestas para que possamos construir hipóteses e formular perguntas sobre as razões do nosso pensar. O registro permite a ampliação da memória, uma diversidade de funções e está a serviço de diferentes propósitos: comunicar, documentar, refletir, organizar, rever, aprofundar e historicizar. A forma e o conteúdo do registro também podem e devem variar, tanto quanto variam suas finalidades. O registro escrito torna visível estes diferentes objetivos. Além disso, o ato de escrever nos obriga a fazer perguntas, levantar possíveis respostas e organizar o que pensamos. Tudo isso nos leva a dar conta de que caminhos devemos seguir, que mudanças devemos fazer, que escolhas não foram felizes e que decisões facilitaram as aprendizagens dos alunos. Esse caminho nos aponta para formas de intervenção do professor e para a dinâmica vivida pelos alunos.
A reflexividade, segundo Hammersley e Atkinson (1994):

“[...] implica que as orientações dos investigadores podem tomar forma mediante sua localização sócio-histórica, incluindo os valores e interesses que estas localizações os conferem. O que isso representa é uma negociação da idéia de que a investigação social é, ou pode ser, realizada numa espécie de território autônomo isolada da sociedade mais ampla e da biografia particular do investigador, no sentido de que seu sucesso pode ficar livre dos processos sociais e de suas características pessoais (p.31)”.

Alguns registros são tão ricos em descrições que, ao lê-los, podemos imaginar a sala de aula, os alunos falando, escrevendo, debatendo, o professor intervindo, andando pelo espaço, atendendo seus alunos e os conhecimentos sendo construídos.
O acompanhamento do percurso do aluno na sua aprendizagem é de grande utilidade na EJA. Não é fácil para os alunos, principalmente para quem está nos níveis iniciais, perceberem o seu desenvolvimento. A possibilidade de, através da seqüência de seus progressos, mostrar para eles a sua evolução é, muitas vezes, motivo para não desistir da escola.
O próprio ato de reunir diferentes documentos relativos a uma prática pedagógica já constitui uma importante forma de guardar a memória das nossas realizações. É o registro documental, tão útil ao conhecimento histórico.
Como vimos há muitas formas de registrar, as que foram apresentadas e outras mais. Todas elas têm seu significado: algumas são mais apropriadas para um determinado objetivo, outras mais usuais, talvez, por serem mais práticas, menos exigentes.
No meio de tantas possibilidades destacamos o registro escrito, que por suas características, se tornou um dos mais importantes instrumentos de aprimoramento do professor.
O professor Cezar Sena que há algum tempo vem trabalhando com o registro do professor comenta as diferentes formas do registro:
“Existem vários meios e funções para o ato de registrar. O meio mais comum é o registro escrito. Temos o registro fotográfico, o registro sonoro, pictográfico - pinturas, desenhos, etc, registro cinematográfico - filmes em vídeo e DVD, registro mental – nossas memórias etc. No que se refere ao ato de registrar por escrito, destacamos três formas: a dissertativa, a narrativa e a descritiva.
Escrever de forma dissertativa é expor opiniões, pontos de vista fundamentados em argumentos e raciocínios baseados em nossa vivência, nossas leituras, nossas posturas, nossas conclusões a respeito da vida, dos colegas e de nós mesmos. Exerce-se, assim, o direito de ter idéias e expressá-las, respeitando as idéias dos outros, assumindo uma postura que problematize a realidade emostre os fundamentos de tal problematização.
A narração é uma das mais antigas e fecundas expressões dalinguagem. É uma aventura que tem o poder de nos fazer viajar, mergulhar nos relatos alheios e perceber neles os nossos próprios relatos, subentendidos ou explicitados, vividos ou sonhados.Narrar é contar, relacionar situações e personagens no tempo e no espaço, é perceber o que aconteceu, o que poderia ter acontecidoe contar, relatar, repartir com os ouvintes ou leitores as histórias de nossas histórias.
Para se descrever algo, considera-se primariamente dois elementos: quem observa e o objeto a ser observado. Descrevemos fatos e acontecimentos com base no que conseguimos captar através dos nossos sentidos. Quanto mais amplas forem nossas observações, maior será a riqueza de detalhes do material registrado, facilitando a reconstrução, possibilitando maior reflexãopor parte do leitor.
Independente do estilo de escrita de cada professor, se faznecessário reforçar o princípio básico da reflexão e da intencionalidadenesta ação. Registrar para refletir. Refletir para tomar consciência do momento presente para redirecionar, se necessário,
sua prática.”

O processo de ressignificação da prática pedagógica configura-se como um processo que se efetiva mediado pela reflexão critico-reflexiva do professor sobre seu próprio trabalho. O que pressupõe, portanto, partir da base do contexto educativo real, nas necessidades reais dos sujeitos, nos problemas e dilemas relativos ao ensino e à aprendizagem. Assim considerada, a reflexão crítico-reflexiva da prática pedagógica necessita de mediação que permita a visualização com maior precisão de sua organização e sistematização e, mesmo, uma forma concreta de efetivação a permitir uma reflexão sistemática sobre seus diferentes aspectos.
Partindo desse pressuposto, focalizamos aqui neste artigo, como objeto de estudo o registro escrito dos professores na perspectiva de ressignificação da prática pedagógica por compreender que, as práticas de escrita vivenciadas nos diversos contextos escolares constituem-se valiosos instrumentos de

reflexão crítica, bem como de diagnóstico das situações vivencias acerca do desempenho do exercício da docência.

BIBLIOGRAFIA

AGOSTINHO. As Confissões. São Paulo, Editora das Américas, 1964.

ALARCÃO, Isabel (org.). Formação reflexiva de professores: estratégias de supervisão. Porto Editora, 1996.

ANDRÉ, Marli E. D. A. Etnografia da Prática Escolar. 11. ed. Campinas, SP:
Papirus, 2004.

BORTONI- RICARDO, S. M. Nós cheguemu na escola e agora, e agora?:
Sociolingüística & Educação. São Paulo: Parábola, 2005.

Cadernos volumes 3 e 4 da SECAD - Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade da coleção “Trabalhando com a Educação de Jovens e Adultos”. Governo Federal da União. Brasil.

CÉSAR SENA, Luis Mario da Conceição, Mariza V. e outros. O educador reflexivo: registrando e refletindo. São Paulo, Ed. Doxa - 2004.
HAMMERSLEY, Martyn; ATKINSON, Paul. Etnografia: métodos de Investigacíon. 2.ed. Barcelona, México: Paidós, 1994.

LURIA A.R, Pensamento e Linguagem. As últimas conferências de Luria, Porto
Alegre - Artes Médicas, 1987.
FREIRE, Madalena. Observação, Registro, Reflexão. Série Seminários Espaço Pedagógico. São Paulo - 1996.
WARSCHAUER, Cecília. A roda e o registro. Editora Paz e Terra – São Paulo.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Aulas adiadas nas escolas de São Paulo... a nova gripe chegou de vez por aqui...


Segundo o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, a recomendação é que as redes municipais e privada acompanhem a decisão do governo estadual. As aulas perdidas devem ser repostas no final do ano letivo, em dezembro.
Na capital, apesar de a rede municipal já ter anunciado na terça-feira (28) a decisão de manter o calendário com início das aulas previsto para o próximo dia 3, uma reunião na tarde desta quarta-feira (29) entre as secretarias municipais de educação e de saúde deve definir um novo posicionamento sobre a volta às aulas.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Dica de livro para os pequenos e professores



Um livro bem bonitinho para se trabalhar o eixo da Matemática com os pequenos é "Camilão, o comilão" de Ana Maria Machado que conta a história de um porquinho esperto e guloso, que passeia pela roça fazendo a sua feira de alimentos. Em seu percurso encontra vários bichos, que o ajudam, dando algum alimento. Muitas vezes, Camilão comia tudo o que ganhava, mas dessa vez pensou em fazer uma coisa diferente. O que será?
Através desta história, pode-se trabalhar valores como amizade, respeito, cooperação e diversidade, a preservação do meio ambiente e a importância dos alimentos na nossa saúde.

domingo, 26 de julho de 2009

Como surgiu o dia dos pais.


Como surgiu o Dia dos Pais?

"Não me cabe conceber nenhuma necessidade
tão importante durante a infância de uma pessoa que
a necessidade de sentir-se protegido por um pai."
(Sigmund Freud).

Segundo a Enciclopédia Livre Wikipédia, o Dia do Pai tem origem na antiga Babilônia, há mais de 4 mil anos. Um jovem chamado Elmesu moldou e escupiu em argila o primeiro cartão. Desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai.
Em 1909 Sonora Louise Dodd, filha do veterano da Guerra Civil, John Bruce Dodd, ao ouvir um sermão de sua mãe, teve a idéia de celebrar o Dia dos Pais. Sonora, de Washington, queria um dia especial em homenagem ao pai, que viu sua mulher dando a luz ao sexto filho, tendo que criar o recém-nascido e seus outros cinco filhos sozinho. Já adulta, Sonora sentia-se orgulhosa de seu pai ao vê-lo superar todas as dificuldades sem a ajuda de ninguém; foi destemido e amável. Então, já que John Bruce Dodd, pai de sonora, nascera no mês de Junho, ela escolheu celebrar o primeiro Dia dos Pais em Spokane, Washington, no dia 19 de junho de 1910.
Por fim, em 1924 o presidente Calvin Coolidge, apoiou a idéia de um Dia dos Pais nacional e, finalmente, em 1966, o presidente Lyndon Johnson assinou uma proclamação presidencial declarando o terceiro Domingo de Junho como o Dia dos Pais.

Programa infantil. Muito educativo!


Na época em que eu era criança, a minha mãe se importava muito com os programas que eu assistia na TV. Era uma enxurrada de Sítio do Picapau Amarelo, Bambalalão, Vila Sésamo, dentre outros.

Hoje, como mãe e professora, também me preocupo com os programas que as crianças assistem pois, alguns, ao contrário de promover o crescimento intelectual, promovem a violência e a discórdia.

Um que vale a pena conferir é o Mister Maker da Discovery Kids, que desenvolve a criatividade, as noções espaciais, a coordenação motora e acima de tudo, ensina brincando, através de materiais que você jogaria no lixo(recicláveis). O apresentador usa um colete de bolinhas e sapatos coloridos. O programa é engraçado, com muita animação e permite que as crianças repitam em suas casas aquilo que veem em suas televisões e para que trabalhem com suas próprias ideias.

Fica aqui uma dica muito interessante e construtiva.

Beijos!

Maira

sábado, 25 de julho de 2009

Sugestão de leitura


Comecei a ler, na metade das férias, o livro "O Código da Inteligência", de Augusto Cury que descreve os códigos da inteligência, propondo que estes são capazes de estimular tanto jovens como adultos a libertar a criatividade, expandir a arte de pensar, desenvolver saúde psíquica e a excelência profissional. O autor descreve as armadilhas da mente que podem bloquear a inteligência.

Ainda não terminei, mas até agora, gostei.

Beijos,
Maira

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Prematuros famosos...o Enzo consta também nesta lista..hahaha



Muitos pais que passam pela experiência de ter um filho prematuro se preocupam demais com o desenvolvimento desta criança não apenas na infância, mas ao longo de toda a vida. É muito comum que estes pais se perguntem se o seu filho será uma criança normal e se tornará um adulto desenvolvido normalmente. Aqui estão listados exemplos de personalidades notáveis que nasceram prematuramente e que passaram por este desafio com destreza, tornando-se ícones da história da humanidade.

Albert Einstein- Nasceu prematuro, na Alemanha, no ano de 1879. Foi físico e matemático e até hoje é conhecido pela sua genialidade. Alemão radicado nos Estados Unidos, Einstein ganhou o Prêmio Nobel da Física pela correta explicação do efeito fotoelétrico. Devido à formulação da teoria da relatividade, tornou-se famoso mundialmente e até hoje é um dos mais respeitados físicos do mundo, cujas teorias são praticamente incontestáveis. Seu rosto está entre os mais conhecidos da humanidade.

Franklin Delano Roosevelt - Nasceu prematuro em 1882. Depois de cultivar uma vida dedicada à política, Roosevelt foi eleito para quatro mandatos como presidente dos Estados Unidos e ocupa um dos lugares mais importantes na Historia Americana Moderna.

Pablo Picasso- Espanhol nascido prematuro em 1881, em Málaga, é considerado um dos artistas mais famosos e versáteis de todo o mundo, tendo criado milhares de trabalhos, não somente pinturas, mas também gravuras, esculturas e cerâmica, usando, enfim, todos os tipos de materiais. Picasso é também conhecido como sendo o co-fundador do Cubismo. Um dos artistas mais respeitados do seu tempo.

Anna Pavlova - Bailarina, nasceu em 1885 e viveu 46 anos. Passou os primeiros meses de vida envolta em algodão hidrófilo por conta da sua condição de prematuridade e das práticas adotadas na época. No entanto tornou-se a mais famosa bailarina do mundo.
Fonte: Abbott Laboratories

Férias terminando.


As férias escolares terminam e mais um semestre se iniciará.
As dúvidas dos professores para o primeiro dia de retorno às aulas: Será que as crianças vão chorar? Será que voltarão mais maduros?
O que aprenderam nas férias?
Mas, dois sentimentos não poderão faltar para este dia: saudade e entusiasmo.
Com certeza, os pequenos estarão cheios de energia!
Beijos

Algumas ideias de cartões para o dia dos pais.











Queridas e queridos,




Seguem algumas ideias de cartões para o dia dos papis.




Espero que ajude!




Beijos!

Atchim...


Fique atento!

No quadro ao lado, você poderá visualizar as diferenças entre a gripe comum e a nova gripe.
Ao sentir os primeiros sintomas, corra para um posto de saúde e depois, será encaminhado para o hospital especializado a diagnosticar o caso.

Abaixo, os nomes destes locais:


Hospitais de referência


AC - Hospital Geral das Clínicas de Rio Branco (Rio Branco)
AL - Hospital Escola Doutor Hélvio Auto (Maceió)Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (Maceió)
AM - Fundação de Medicina Tropical (Manaus)
AP -Hospital de Clínicas Doutor Alberto Lima (Macapá)
BA -Hospital Otávio Mangabeira (Salvador)
CE -Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará (Fortaleza)Hospital São José de Doenças Infecciosas (Fortaleza)
DF - Hospital Regional da Asa Norte (Brasília)
ES-Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Vitória)
GO-Hospital de Doenças Tropicais (Goiânia)Hospital Materno Infantil (Goiânia)
MA-Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (São Luiz)
MG-Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (Belo Horizonte)
MS-Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossiam (Campo Grande)
MT-Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (Cuiabá)
PA-Hospital Universitário João de Barros Barreto da Universidade Federal do Pará (Belém)
PB-Hospital Universitário Lauro Wanderley (João Pessoa)
PE-Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (Recife)
PI-Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela (Teresina)
PR-Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (Curitiba)Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná da Universidade Estadual de Londrina (Londrina)Hospital Ministro Costa Cavalcanti (Foz do Iguaçu)Hospital de Trabalhador da Secretaria Estadual de Saúde (Curitiba)
RJ-Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (Rio de Janeiro)Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Rio de Janeiro)Hospital Central IASERJ (Rio de Janeiro)Hospital Universitário Dr. Pedro Ernesto (Rio de Janeiro)
RN-Hospital Gizelda Trigueiro (Natal)
RO-Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Porto Velho)
RR-Hospital Geral de Roraima (Boa Vista)
RS-Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (Pelotas)Hospital Nossa Senhora da Conceição (Porto Alegre)Hospital de Clínicas de Porto Alegre, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Porto Alegre)Hospital Universitário de Santa Maria (Santa Maria)Hospital Geral de Caxias do Sul (Caxias do Sul)Associação Hospitalar Beneficente São Vicente de Paulo (Passo Fundo)Hospital Santa Casa de Uruguaiana (Uruguaiana)Associação de Caridade Santa Casa do Rio Grande (Rio Grande)
SC-Hospital Nereu Ramos (Florianópolis)Hospital Infantil Joana de Gusmão (Florianópolis)Hospital Regional Lenoir Vargas Ferreira (Chapecó)
SE-Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (Aracaju)
SP-Hospital das Clínicas da Unicamp (Campinas)Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP (Ribeirão Preto)Hospital de Base da Fundação Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (São José do Rio Preto)Hospital São Paulo da Universidade Federal de São Paulo (São Paulo)Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo (São Paulo)Hospital de Infectologia Emilio Ribas (São Paulo)Hospital Estadual de Bauru (Bauru)Hospital Guilherme Álvaro (Santos)
TO-Hospital Geral de Palmas Doutor Francisco Aires (Palmas)


Fonte: Ministério da Saúde

Frase inspiradora...

"Não se pode falar de educação sem amor". (Paulo Freire)

Começo...

Olá, pessoal!
Este é o meu blog e nele, colocarei várias postagens sobre a educação como artigos, atividades, dinâmicas e projetos.
Espero que gostem e que possa ajudá-los com novas ideias.
Beijos!